"Quando eu tinha mais ou
menos sete anos, meu pai comprou um teclado e pagava um professor particular
para me dar aula. Só que esse professor trabalhava em outro emprego também,
então ele só podia me dar aula de teclado por volta de 18h30. Só que seis e
meia da tarde era justamente o horário que estava passando um desenho da época,
e o professor chegava bem na hora desse programa. Aí eu ficava meio que
torcendo para ele não ir. Eu acho que peguei uma associação negativa com o
aprendizado da música por isso. Quando eu estava desenhando, por exemplo, eu achava
divertido; mas a música, não. Parece que o professor chegava e cortava minha
diversão.
Fiquei afastado do
treinamento da música muito tempo, acreditando que eu não tinha o dom para
aquilo. Hoje resolvi me desafiar e neste segundo semestre estou tocando
bastante; percebi que vai muito da dedicação da pessoa. Acredito que se o
pessoal descobrisse que é mais dedicação do que dom, mais pessoas produziriam
música. Hoje não apenas quero ouvir música, quero produzir também."
São Paulo, 10 de
julho de 2019"
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